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Receita de sucesso: Fátima Buffet celebra 30 anos

O fundador João de Matos relembra a trajetória de consolidação da marca e os desafios de três décadas de história

Casamentos, formaturas, aniversários de 15 anos, coquetéis… o que todas essas celebrações têm em comum? Além da alegria sempre presente em festejar fases distintas da vida, quando falamos de Juiz de Fora é quase impossível não associar esses momentos à marca Fatima Buffet. Fundada em 1992 pelo casal João e Fátima, a empresa celebra seus 30 anos com muita história para contar e ainda mais histórias a serem contadas. 

Conheça a trajetória do buffet mais tradicional da cidade e os desafios que levaram o empreendimento familiar a se tornar uma verdadeira receita de sucesso.

Adicione uma xícara de história

O começo é na Rua Roberto de Barros, n° 35, em 1992. No local funciona até hoje a sede do Rotary Club de Juiz de Fora, onde a empresa deu os seus primeiros passos. “A gente assume como primeiro negócio do ramo a oferecer alimentação diária nos Rotarys Clubs da cidade. Na época éramos eu, Fátima, um cozinheiro e duas pessoas no salão”, relembra João de Matos, fundador do Fátima Buffet. Ao lado de sua esposa Fátima, que dá nome ao empreendimento, o empresário notou a oportunidade de expandir o negócio em meio ao ambiente fértil da comunidade rotariana.

“O Rotary por excelência sempre teve como regra entre os integrantes celebrar e comemorar. A ideia do buffet surgiu quando tivemos a oportunidade de fazer uma festa de 15 anos da filha de um dos rotarianos. Foi um desafio. Passamos alguns meses trabalhando em cima daquela ideia. Essa festa aconteceu e vimos outras possibilidades para o nosso negócio”, relembra João. 

Duas colheres de inquietude

A partir da execução bem sucedida da cerimônia outras oportunidades e convites surgiram, primeiro dos próprios rotarianos, e posteriormente de membros externos. Além disso, o crescimento inicial do Fátima se deveu muito às habilidades comerciais do casal adquiridas em experiências anteriores a partir da inquietude em empreender compartilhada por eles. 

“Na época, eu era ferroviário e sempre tive na minha conduta pessoal não viver somente do meu salário. Eu estava sempre fazendo negócios, vendendo algum imóvel ou carro. Essas experiências me deram muita bagagem para fazer o comercial da empresa no começo. E a Fátima, por sua vez, sempre teve um tino muito forte para o comercial presente na vida dela. Quando nos casamos, ela começou a fazer outras atividades para ter uma renda, mas sem ter um emprego fixo. Ela sempre foi muito voltada para relacionamento e comercialização de coisas. E aí foi se criando a bagagem para que quando surgisse a oportunidade nesse seguimento a gente pudesse seguir.”

João de Matos, fundador do Fátima Buffet (Foto: Facebook/Fátima Buffet)

As oportunidades apareceram e desde o início a empresa se consolidou sobre um sólido pilar: a qualidade. “Nós não atendemos por atender. Essa talvez seja a grande referência nossa: não assumir compromissos que não podemos cumprir. Lidar com sonhos é um perigo e levamos isso muito a sério”.

Outro importante alicerce do empreendimento está no ato de ensinar, esse, conforme João, construído majoritariamente por Fátima. “Ela dizia muito que ‘quem sabe, ensina’ e nós precisamos ser multiplicadores. E a melhor forma de promover as pessoas não é dando, é ensinando”, conta o empresário com o devido destaque à criação da escola de garçons do Fátima Buffet, uma das várias ideias que incorporam o empreendimento principal.

Durante a década de 90 e início dos anos 2000 a empresa se consolidava no mercado juiz-forano e passou a ganhar cada vez mais força. O cenário otimista, entretanto, mudou bruscamente com o precoce falecimento de Fátima em 2003. 

19 colheres de saudade

De todas as dificuldades passadas pelo negócio, essa foi de longe a maior já enfrentada, segundo João. “Nós estávamos com 11 anos de formação. Aquele foi o grande momento da nossa história de superação.” E, justamente por ter sido um golpe tão duro, fez com que todos os outros obstáculos se tornassem menores. “Assumimos um sentimento de não ver a morte dela como uma derrota, mas sim como uma inspiração. Nas outras dificuldades econômicas que passamos, sempre adotamos o seguinte: quando você pega pra fazer acontece. E diante de uma perda tão grande, os outros problemas se tornaram muito menores.”

A ausência física da criadora, entretanto, deu lugar à presença de seu legado preservado pela empresa. “Muitos colaboradores que estão conosco até hoje lembram da gentileza e do zelo que ela tinha. E acima de tudo, era uma pessoa que tinha no olhar uma grande sabedoria. Ela falava com o olhar. E ela passou muito para todos nós, para a imagem da empresa. Nós refletimos o olhar de bondade e generosidade que ela tinha.”   

Fátima Leite Matos fundadora do Fátima Buffet e eterna inspiração do empreendimento (Foto: Fátima Buffet/Instagram)
Fátima Leite Matos fundadora do Fátima Buffet e eterna inspiração do empreendimento (Foto: Fátima Buffet/Instagram)

Nesses últimos 19 anos sem Fátima, o buffet precisou se reinventar de muitas formas, a começar pela equipe. O negócio, todavia, se manteve familiar, passando a ter Cida Leite (cunhada de João) à frente da criação e execução dos eventos, e Rafael Leite (filho) como diretor Financeiro e administrativo do Fátima Buffet. “Ali começava uma nova fase. Fátima não estava mais conosco, mas a Cida vem e o Rafael também assume o negócio e ocorre uma transformação singular, pois até então o mercado de formaturas não era explorado e passou a ser”, relembra João. Atualmente, além do trio, incorpora também a diretoria da empresa Yana Leite (filha), responsável pela produção dos buffets infantis. 

Mexa os diferenciais até dar longevidade

Outro passo importante dado pelo Fátima foi adquirir seu espaço próprio para realização das festas, uma iniciativa pioneira dentro de Juiz de Fora. “Poucos buffets têm espaços próprios. Na época que criamos o nosso, ninguém tinha. Quando se tem seu próprio local existe uma segurança maior para entregarmos no nosso padrão de qualidade”, destaca o empresário que conta hoje com 5 salões próprios: Estação São Pedro, Sítio Unique Residence, Villa Serata, Niver Site e Castelo Niver Site.

O Estação São Pedro é o maior salão de festas do Fátima Buffet (Foto: Fátima Buffet)
O Estação São Pedro é o maior salão de festas do Fátima Buffet (Foto: Fátima Buffet)

Esse mesmo padrão de qualidade fez com que o buffet passasse a produzir mais de 70% dos alimentos servidos e a contar com 40 colaboradores atualmente.

Em três décadas, João já perdeu as contas de quantos primeiros empregos o Fátima gerou e observa com orgulho a alocação de vários ex-funcionários em outras empresas do setor. “Se você analisar hoje no mercado, muitas pessoas que passaram por nós trabalham para outras empresas do mesmo segmento. É sinal de que somos formadores também de uma mão de obra bastante qualificada.”

Além da qualidade empregada nas produções e da valorização dos colaboradores, a fonte para “fazer diferente” passa pelo bom e velho conceito de “gostar do que faz” e, claro, da valorização dos clientes. “Eu trabalho dentro de um negócio que é muito prazeroso e poucas pessoas têm a oportunidade de fazer isso. Estou comemorando sempre. Mas, para trabalhar com sonhos você precisa ter uma sensibilidade muito grande para transformar tudo em realidade.”

Deixe a mistura descansar

Após 27 anos ininterruptos de funcionamento, o Fátima precisou parar. Totalmente dependente do mercado de eventos, o empreendimento se viu paralisado em 2020 quando a pandemia de Covid-19 teve início e as normas de distanciamento social passaram a ser implementadas. “Foi um período em que paramos para refletir sobre nós mesmos e como seria o nosso futuro a partir do retorno”, conta João, orgulhoso ao relembrar o baixo índice de desistências de clientes que teve no período e do quadro de funcionários que conseguiu manter sem precisar realizar demissões.

Durante o período de maiores restrições, a empresa se manteve ativa naquilo que João define como “treino diário”, uma espécie de qualificação do pessoal com treinamentos e reciclagem. A projeção, segundo ele, era de que quando os eventos voltassem “nós precisaríamos de gás total e que todos estivéssemos prontos”.     

Asse no forno da retomada

A projeção estava certa. Segundo o empresário, a agenda para atendimento já era complicada antes da pandemia por conta do limite de atuação estabelecido e com a retomada, eventos estão sendo recusados por conta da dificuldade de atender dentro do padrão estabelecido pelo Fátima. A soma dos eventos não realizados com os novos que estão por vir exigiu da empresa um acréscimo no quadro de funcionários. 

Dos eventos represados surgem fatos curiosos, uma prova de que a vida não parou. “Estamos realizando casamentos marcados para acontecer em 2020. Tem cerimônia que já está chegando com criança. A noiva estava grávida quando ia casar e hoje o neném está com dois anos”, recorda João com bom humor.

Sirva com uma dose de Futuro

Se os pés do Fátima Buffet estão bem fixados no chão construído nesses 30 anos de histórias, os olhos miram o futuro com vontade de produzir cada vez mais novas memórias para si e para seus clientes. “Tem empresas que vão ficando mais longevas e quem está a frente vai ficando cansado do negócio, da repetição, mas o meu negócio não é repetido, pois as pessoas são diferentes. Podem ter algumas que se repetem, mas na grande maioria são novas celebrações. Temos o cuidado de estar sempre surpreendendo de alguma forma. Essa é uma busca constante nossa.”

Um dos mais de 2 mil casamentos realizados pelo Fátima Buffet em três décadas (Foto: Pedro Salgado)

Parte dessa busca por estar sempre surpreendendo passa pela pesquisa recorrente de novas ideias. “Estamos investindo muito em pesquisar. A forma de servir está sempre se modificando. Você não deixa de ter as coxinhas, os quibes, os cigarretes. A base da alimentação não modifica, o que modifica é a forma de servir”, destaca João. 

Quem compartilha desse mesmo ideal é o filho: Rafael Leite. Apoiado no legado de Fátima, o filho soma ao lema da mãe um detalhe para a posteridade.

“Meu grande projeto pessoal é buscar ser sempre melhor a cada dia, não me acomodar jamais, porque quem sabe, ensina. E quem ensina tem que estar sempre se reinventando e aprendendo coisas novas.” 

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